segunda-feira, 6 de maio de 2019

Banalização do divórcio... ou seria do casamento?



              Muito me preocupa o descaso que a modernização da sociedade trouxe a instituição "Família". O casamento tradicional, cada vez mais em desuso na atualidade, não tem mais o glamour, nem o comprometimento que  antes existia. O casamento hoje é descartável, qualquer coisa é motivo para se separar, entendo que casos de traição ou falta de amor muitas vezes justifiquem tal ato, porém ao se comprometer com o outro, e ter filhos, tudo deve ser levado em consideração. Hoje em dia temos altos níveis de jovens depressivos, suicidas, aumento de uso de remédios controlados, porque muitas pessoas se "desfazem" de outras como se toda uma história fosse simplesmente descartável, como se terminar um relacionamento é bom , é positivo, sem pensar nas consequências na vida de todos que fazem parte dessa história. Infelizmente, o divórcio hoje em dia, na sua grande maioria, se trata de um ato egoísta, visto que só se pensa em si, e não nos filhos que fazem parte de toda essa história. Casamento, vida a dois, construção de família, heterossexual ou homossexual, a partir do momento que se envolve mais do que o casal, mais do que duas pessoas, precisa ser muito bem pensado, ou vocês acham normal o que está acontecendo com o mundo de hoje? Não é questão de conservadorismo, é questão de saúde mental. Comecei pensando na banalização do divórcio, mas acho que maior que isso é a banalização do casamento... antes de se assumir um compromisso de tal proporção, deve-se pensar em tudo, é muita coisa que se coloca em jogo, não é apenas a sua vida. Estou preocupada, a maioria das pessoas ao meu redor ou são divorciadas ou filhos de pais divorciados, o que está acontecendo? O que vai ser da nossa sociedade, valores, princípios e saúde mental daqui 20 anos? União é comprometimento, é ceder, é amar, respeitar, é ter paciência, é lutar... se você não está pronto para pensar no outro(s) além de você mesmo, não se case, não more junto, amadureça. Se você está em um momento de pensar em si, em ser feliz, em curtir a vida, no seu trabalho em primeiro lugar, espere, tudo acontecerá no momento certo. 

quarta-feira, 17 de maio de 2017

O fardo de carregar o peso do outro


       Carregar um fardo é algo difícil, imagine sendo o fardo do outro. 
     Problemas que guardamos nossos, que não resolvemos adequadamente nos cansa, nos desmotiva e desanima, algumas pessoas tendem a absorver o sofrimento, culpa, problema do outro, deixando-as sobrecarregadas. Muitas vezes perdem o sono, a fome, a saúde mental e física,  sofrem por se sentirem incapazes de resolver para o outro. É tão difícil resolver para nós mesmos, e para os outros então? Bem pior, pois para todo problema é necessário uma decisão de vida. 
      Não há problema sem solução, depende do seu modo de ver, pensar e agir. Não podemos tomar para nós os problemas dos outros, pois estes precisam tomar decisões, ter atitudes, as quais, por mais que aconselhemos, não nos cabe fazer, e sim ao outro. Então precisamos parar de absorver. Sei que para muitos não é uma tarefa fácil, sei que muitas vezes envolvem pessoas queridas, parentes, mas não podemos tomar as rédeas da vida do outro. Essa é a decisão que precisamos tomar para poder ter uma melhor qualidade de vida, podemos ajudar, aconselhar, mas a decisão principal cabe a cada um para mudar a sua história de vida.
      Tomando essa decisão tiramos um grande fardo de cima de nós, pois passamos a entender que fizemos o que podemos, e que a partir desse momento cabe ao outro resolver seus problemas e não mais a você, você fez a sua parte. Passamos a viver de forma melhor e mais leve, pois assim não assumimos a responsabilidade pelo outro. 
      Precisamos viver para nós, carregar apenas o nosso fardo, procurando resolve-los da melhor forma, seja sozinho, fazendo o que estiver ao nosso alcance para isso,  ou procurando ajuda especializada. Amigos são ótimos, mas o melhor ouvido é de quem está preparado para isso. Cada ser humano é único, cada ser humano tem sua maneira de receber e interpretar uma informação, e tudo depende do modo como a pessoa estiver no momento, dos seus valores, sua criação.
       Deixemos de carregar fardos, passemos a ter uma melhor noite de sono,  melhores dias e melhor qualidade de vida física e mental.






segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Ano Novo, recomeço?


    Interessante o significado do ano novo para as pessoas não é mesmo? Olhe ao seu redor, veja nas pessoas, a esperança, as forças, os objetivos e vontade de lutar renovados com a virada do ano... mas, na verdade, o que isso quer dizer? Como isso funciona no íntimo do ser humano?
    Após uma ano de grandes lutas, vitórias e derrotas, desafios variados, uns vencidos e outros não, parece que quando o ano se finda as pessoas estão esgotadas, cansadas, mas a simples virada de ano faz com que todas as forças renasçam, faz com que a vontade de lutar e vencer novos desafios se renovem. 
    O ser humano cria expectativas dentro de si, que ao passar dos primeiros dias do novo ano começam a ser frustadas, porque as pessoas tem a tendência de traçar novos objetivos dificeis de serem alcançados,  com desejos q se cumpram de imediato e , conforme isso não acontece, começa novamente o desânimo.
   Para quebrar esse ciclo que acontece ano após ano, precisamos criar um foco, para isso o ideal é que se trace um objetivo por vez, objetivos concretos, reais, onde você vai lutar para conquistar um a um, pois quando vemos o sucesso em um objetivo traçado, nos animamos a vencer outros em seguida traçados,  concentrados  naquilo que queremos. 
     Esse é o segredo para não desanimar, traçar e vencer um objetivo, um projeto de vida de cada vez. Experimente dessa forma, ao findar do ano, você não verá o que passou com tristeza, mas sim com sensação de dever cumprido e metas realizadas, e o novo ano que se iniciará não será um recomeço, mas sim uma continuação de uma vida feliz, satisfeita e cheia de vitórias.

                                                                                                        Feliz 2017, feliz continuação, feliz vida!


segunda-feira, 18 de agosto de 2014



Saudade

 

           A saudade é um sentimento muito lindo, ao mesmo tempo muio traiçoeiro e sempre, doloroso. Sentimos saudade de momentos, pessoas, coisas em que passaram por nossas vidas e fizeram alguma diferença, deixaram as suas marcas. Muitas vezes é tão grande que chega a doer, principalmente quando se trata de saudade a respeito de algo que você nunca mais terá materializado em sua vida. Quando temos a chance de reaver, é uma saudade gostosa, q se mistura a ansiedade de reviver. 

        Instrumentos que hoje nos ajudam a "matar" um pouco desse sentimento sofrido, são fotos, vídeos, telefone, internet, meios onde visualizamos esses momentos e acalmamos um pouco nosso coração. 

       A saudade está diretamente ligada a perda. Nós,  seres humanos, somos muito insatisfeitos com tudo que nos cerca, sempre queremos um algo a mais, e quando conquistamos logo nos desinteressamos e almejamos algo diferente ou maior. E quando chegamos a um certo ponto, nos vemos perdidos, e murmurando, sentindo saudades das coisas simples que tínhamos e não davamos valor. Daí vem saudades...

     Enfim, a saudade é um sentimento que todos nós carregamos, cada um com sua força e seu significado. Sentir saudades é saber que vivemos coisas boas, coisas que valeram a pena, coisas que fazem parte da nossa história e nos tornaram quem somos hoje.


                                                   


                                                                          " A saudade é o passar e o repassar das memórias antigas."    Machado de Assis



- Danielle Cigerza de Camargo Lucena
        Psic. Clínica - CRP13 3925
      lucena.cigerza@hotmail.com


                                                                                                          


                                           

                                                                      

quinta-feira, 14 de agosto de 2014


                                               O Luto




                                                                                                                                                                                     Ontem, dia 13/08/2014, fomos notíciados da precoce morte do candidato a presidência da república, Eduardo Campos, notícia que causou comoção nacional, podendo se dizer até mesmo internacional. O que nos faz pensar, como lidar com essa dor? Como lidar com esse sentimento tão forte e doloroso? Como lidar com a morte?

                Os livros de psicologia nos fala que cada indivíduo é único, e que por isso, cada indivíduo tem seu tempo emocional para digerir esse misto de emoções. O processo do luto passa por cinco fases, o da negação, a raiva, a barganha, a depressão e por fim a aceitação. Apesar de entendermos que uma acontece em seguida do outro, alguns indivíduos podem passar por todos esses sentimentos simultaneamente. Quando aceitamos, conseguimos seguir em frente. A aceitação é crucial para que possamos viver nossas vidas, não esquecendo quem perdemos, pois nós nunca esqueceremos, mas sim aprendendo a viver sem sua presença física.

               O luto não ocorre apenas quando perdemos uma pessoa querida fisicamente, também pode ocorrer quando perdemos algo impostante em nossas vidas, como amizades, separação, empregos e até mesmo, algum objetos e grande estima. O luto faz parte de nossas vidas, nos sentirmos tristes, sem perspectivas, por um certo tempo é absolutamente normal. O que não é normal é não nos recuperarmos dessa dor, é não chegarmos ao processo de aceitação para que possamos seguir com nossas vidas. Se não superamos, adoecemos. Se isso acontece precisamos procurar ajuda profissional, pois daí pode-se surgir vários tipos de transtornos psiquicos e psicológicos.






    "A saudade eterniza a presença de quem se foi. Com o tempo esta dor se aquieta, se transforma em silêncio que espera, pelos braços da vida um dia reencontrar."
Pe. Fabio de Melo


                                                             Danielle Cigerza de Camargo Lucena
                                                             Psicóloga Clínica TCC - CRP/PB 3925